Revisione di Edizione diplomatico-interpretativa del Mer, 18/10/2017 - 12:10

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  Ioham Soarez Coelho Ioham Soarez Coelho
I I
  J oha(n) fernandiz mentreu uoscouuer
  aquestamor que oieu co(n) uosquey
  nuncau(os) eu tal cousa negarey
  qual oieu ouço pela terra dizer
  dizen que fode qua(n)to mays foder pode
  ouosso mouro a uossa molher . 
 
 
  Johan Fernandiz, mentr’eu vosc’ouver
  aquest’amor que oi’eu con vosqu’ey,
  nunca vos eu tal cousa negarey
​  qual oi eu ouço pela terra dizer:
  dizen que fode quanto mays foder
  pode o vosso mouro a vossa molher.

 

II II

   
  P ero q(ue) fosseste mouro meu  
  came terria eu p(or) desleal
  io(h)a(n) fernandez seu(os) negasseu
  atal cousa q(ue)l dize(n) q(ue)u(os) faz
  ladinho como uos iazedes iaz
  co(n) uossa molher e mende mal . 
 

  
  Pero que foss’este mouro meu,*
  ca me terria eu por desleal,
  Iohan Fernandez, se vos negass’eu
  atal cousa quel dizen que vos faz:
  ladinho, como vos iazedes, iaz
  con vossa molher, e m’end’è mal.

 
  *Verso ipometro: c9

III III
  E direyu(os) eu quanten uy m(os) nos 
  uyma ao uosso mouro filhar
  auossa molher efoya deitar
  no uosso leite mays u(os) eu direy
  quanteu do mourap(re)ndi e sey
  fodea como a fodedes uos . 
 
 
  E direyvos eu quant’en vymos nós:
  vyma ao vosso mouro filhar
  a vossa molher e foya deitar
  no vosso leite; mays vos eu direy
  quant’eu do mour’aprendi e sey:*
  fodea como a fodedes vós.*

 
  *Verso ipometro: b9
​  *Verso ipometro: f9