Revisione di Edizione diplomatico-interpretativa del Ven, 13/10/2017 - 18:39

Versione stampabilePDF version
  I I
 
  C
omoieu uiuo no mu(n)do coytado
  Nas g(ra)ves coytas que ey de sofrer .
  Non poderia ou trome uiuer
  Nen eu fezera tenpaia passado
  Mays quando cuyden qual mha senhor ui
  Entanto uiue . entanto uiui
  E tenhomen das coytas por pagado
 
  
  Com’oi eu vivo no mundo coytado
  nas graves coytas que ey de sofrer,
  non poderia outr’ome viver,
  nen eu fezera, tenp’á ia passado;
  mays quando cuyd’en qual mha senhor vi,
  entanto viv’ e entanto vivi,
  e tenho m’end’as coytas por pagado.
 
II II
  E n pero quando eu e(n) nomeu cuidado
  Cuido nas coytas que mi faz auer
  E cuido na morte queria moirer
  E cuyden como fui mal dia nado
  Mays q(ua)(n)do ar cuyden qual mha senhor ui
  De quantas coytas p(or) ela sofri
  M uytomen tenho p(or) auenturado
  Enpero quando eu enno meu cuidado
  cuido nas coytas que mi faz aver,
  e cuido na morte queria moirer, *
  e cuyd’en como fui mal dia nado;
  mays quando ar cuyd’en qual mha senhor vi,
  de quantas coytas por ela sofri,
  muyto m’én tenho por aventurado.
  
  *Verso ipermetro; b11.
III III
  E en seu ben per mi seer loado
  Non a mester deo en mays dizer
  Ca deula fez q(ua)l melhor fazer
  Soube no mu(n)do e m(ar)auilhado
  Sera q(ue)(n) uira senhor que eu ui
  Pelo seu ben e ben dira per mi(n)
  Que ben deuenda d(eu)s dar bon gardo
  E en seu ben per mi seer loado
  non á mester deo en mays dizer, *
  ca Deu la fez qual melhor fazer *
  soub’eno mundo; e maravilhado
  será quen vir’a senhor que eu vi
  pelo seu ben, e ben dirá per min
  que ben dev’end’a Deus dar bon gardo*
  
  *Verso ipometro: b9.
  *Id.
  *Verso ipometro: c9'.
IV IV
  De quantas coytas p(or) ela sofri
  Se d(eu)s mha mostre comoa ia ui
  Seendo consa madre(n) hun estrado
  de quantas coytas por ela sofri,
  se deus mh a mostre como a ia vi               
  seendo con sa madr’en hun estrado!