Revisione di Edizione diplomatico-interpretativa del Dom, 07/03/2021 - 21:32

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  I
  Por d(eu)s amigo que(n) cuydaria
  Que uos nu(n)ca ouuessedes poder
  De ta(n) longo Tenpo se(n) mi uiuer
  Edesoy mays par s(an)c(t)a maria
  Nu(n)ca molher deue be(n)u(os) digo
  Muyta creer p(er) iuras damigo 
  Por Deus, amigo, quen cuydaria
  que vós nunca ouvessedes poder
  de tan longo tenpo sen mí viver!
  E des oymays, par Sancta Maria,
  nunca molher deve, ben vos digo,
  muyt’a creer per iuras d’amigo.
  II
  Disseste mh uu(os) de mi(n) quitastes
  Logaq(ui) serey co(n) uosco senhor
  E iurastemi polo meu amor
  Edesoy mays poys u(os) p(er)iurastes
  Nu(n)ca molher deue be(n)  
  Disseste-mh, u vos de min quitastes:
  “Log’aqui serey convosco, senhor”;
  e iuraste-mi polo meu amor
  e des oymays, poys vos periurastes,
  nunca molher deve, ben ... ... ... ... ... 
  ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 
  III
  Iurastesme(n)ton muyta ficado
  Que logo logo. se(n) outro Tardar
  U(os) queriades p(er)ami tornar
  Edesoy mays ay meu p(er)iurado
  Nunca molher deue be(n)u(os) digo 
  Iurastes-m’enton muyt’aficado
  que logo logo, sen outro tardar,
  vos queriades pera mí tornar;
  e des oymays, ay meu periurado,
  nunca molher deve, ben vos digo,
  ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 
  IV
  E assy farey eu be(n)u(os) digo 
  P(or) quanto uos passastes comigo
  E assy farey eu, ben vos digo, 
  por quanto vós passastes comigo.