Edizione diplomatico-interpretativa

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  I
  ]O[ os uoss(os) mil marauedis senhor
      Q(ue) eu no(n) ouui q(ue) serui melhor
    Ou ta(n) be(n) come outra q(ue) os da(n)
    E yos d auer e(n)qu(an)teu uyuo for
    Ou amha mortou qu(an)domhos daram
  Os vossos mil maravedis, senhor,
  que eu non ôuvi, que servi melhor
  ou tan ben come outr’a que os dan,
  ey-os d’aver enquant’eu vyvo for,
  ou à mha mort’,ou quando mh os daram?
 
  II
  A uossa mha soldada. senh(or) Rey
  Q(ue) eu serui e serue s(er)uirey
  Comoutro que(n) q(ue)r aq(ue)a da(n) be(n)
  Eya dau(er) enqu(an)ta uyuer ey
  Ou a mha mortou. q(ue) mi fara(n) e(n)
  A vossa mha soldada, senhor Rey,
  que eu servi e serv’e servirey,
  com’outro quen quer a que a dan ben,
  ey-a d’aver enquant’a vyver ey,
  ou à mha mort’,ou que mi faran en?
 
  III
  Os uoss(os) me(us) dinheir(os) senhor no(n)
  Pudeu auer p(er) o seruid(os) so(n)
  Come outr(os) q(ue) os ande seruir
  Ey os dauer ment(re)u uiuer ou po(n)
  Mh(os) a mha mortou. a q(ue) os uou pedir
  Os vossos meus dinheiros, senhor, non
  pud’eu aver, pero servidos son.
  Come outros, que os an de servir,
  ey-os d’aver mentr’eu viver, ou pon-
  -mh-os à mha mort’ou a que os vou pedir?
 
  IV
  Ca passou te(m)pe traste(m)pad(os) son.
  Ouue anedia eq(ue)romen partir
  Ca passou temp’e trastempados son,
  ouve an’e dia e quero-m’en partir.