Edizione diplomatico-interpretativa

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  I
  Senhor fremosa ueio u(os) q(ue)ixar
  Por q(ue)u(os) ame no meu. coraço(n)
  Ey mui gra(n) pesar se d(eu)s mi pardo(n)
  Por q(ue) ueiandauos auer pesar
  E queriamen degrado quytar
  Mays no(n) posso forcar o coraço(n)  
  Senhor fremosa, veio vos-queixar
  porque vos am’, e no meu coraçon
  ey mui gran pesar, se Deus mi pardon,
  porque vei’, and’a vós aver pesar
  e queria-m’én de grado quytar,
  mays non posso forcar o coraçon, 
 
  II
  Que mi forcou meu saber e meu se(n)
  Desi meteume no uosso poder
  E do pesar q(ue) u(os) eu ueiauer
  Par d(eu)s senhor a mi(n) pesa muyte(n)
  E partirmia deu(os) quererbe(n)
  Mays Tolheme(n)do coraço poder
  que mi forcou meu saber e meu sén;
  des i, meteu-me no vosso poder,
  e do pesar que vos eu vei’aver,
  par Deus, senhor, a min pesa muyt’én;
  e partir-m’-ia de vos querer ben,
  mays tolhe-m’end’o coraço poder, 
 
  III
  Que me forçou. de Tal guysa senhor
  Que se(n) ne(n) força. no(n) ey ia de mi(n)
  E do pesar q(ue) uos Tomades hy
  Tomeu pesar q(ue) no(n) posso mayor
  E q(ue)ria no(n) u(os) auer amor
  Mays o coraço(n) pode mays ca mi
  que me forçou de tal guysa, senhor,
  que sén nen força non ey ia de min;
  e do pesar que vós tomades hy
  tom’eu pesar que non posso mayor,
  e queria non vos aver amor,
  mays o coraçon pode máys ca mí.