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Tradizione manoscritta

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CANZONIERE B

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Edizione diplomatica


 
 
 
   Que(n) me podia defender
                    seno(n) de(us) dun peleiador
   Porq(ue) me faz departidor
   Ediz mi ao q(ue) ey dizer
   Dizedes neciidade
   Todesto lhey eu a sofrer
   E ay de(us) del me guardade aq(ui) ena pousada.
 
 
   Eta(n) louco q(ue) tal mi dey
   Q(ue) me sacara: de meu se(n)
   Eq(ue) ueirem(os) a mays en.
   Ante melhi calarey
   Ca se mal. co(n)tecesse
   Deq(ue) melheu. be(n) guardarey
   Q(ue)lheu. esto no(n) sofresse
 
 
   Darmia gra(n) punhada.
 
 
   Qua(n)dora diz q(ue) me feira.
   P(or) q(ue) faley en portugal.
   Oudemison nat(ur)al
   Seme p(or) esto ferira.
   Oie fosseu ferido
   P(or) q(ue) perdesse medo ia
  Q(ue) fosse del partido toda esta andada.
 
 
 
   Morto sera que(n) ma iudar
   Ca el de tal. coraco(n) e
  Q(ue) de caualo q(ue) depe
   Casse q(ue)ira migo matar
   E ia eu lhi fogiria
  Mays ey medo de macalcar
   Eacalcarssem. ia traga besta ca(n)ssada.
 
 
 
  Se melhor q(ui)s(er) enparar
  Mha fazenda. teiria
  P(er) hi peyor parada
    Seo matou se me matar
  De q(ua)l q(ue)r seria deuent(ur)a mi(n)guada 
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Edizione diplomatico-interpretativa

  I
   Que(n) me podia defender
                    seno(n) de(us) dun peleiador
   Porq(ue) me faz departidor
   Ediz mi ao q(ue) ey dizer
   Dizedes neciidade
   Todesto lhey eu a sofrer
   E ay de(us) del me guardade aq(ui) ena pousada.
  Quen me podia defender
  senon Deus dun peleiador,
  por que me faz departidor
  e diz-mi ao que ey dizer:
  -Dizedes neciidade.
  Tod’esto lh’ey eu a sofrer,
  e ay, Deus, d'el me guardade
  aqui, ena pousada.
 
  II
   Eta(n) louco q(ue) tal mi dey
   Q(ue) me sacara: de meu se(n)
   Eq(ue) ueirem(os) a mays en.
   Ante melhi calarey
   Ca se mal. co(n)tecesse
   Deq(ue) melheu. be(n) guardarey
   Q(ue)lheu. esto no(n) sofresse
 
   Darmia gra(n) punhada.
  É tan louco, que tal mi dey
  que me sacara de meu sen
  e que veiremos a mays en;
  ante me lhi calarey,
  ca, se mal contecesse,
  (de que me lh’eu ben guardarey)
  que lh’eu esto non sofresse,
  dar-m’-ia gran punhada.
  III
   Qua(n)dora diz q(ue) me feira.
   P(or) q(ue) faley en portugal.
   Oudemison nat(ur)al
   Seme p(or) esto ferira.
   Oie fosseu ferido
   P(or) q(ue) perdesse medo ia
  Q(ue) fosse del partido toda esta andada.
  Quand’ora diz que me feirá,
  por que faley en Portugal,
  oude mi son natural,
  se me por esto ferirá,
  oie foss’eu ferido,
  por que perdesse medo iá;
  que fosse d'el partido
  toda esta andada.
 
  IV
   Morto sera que(n) ma iudar
   Ca el de tal. coraco(n) e
  Q(ue) de caualo q(ue) depe
   Casse q(ue)ira migo matar
   E ia eu lhi fogiria
  Mays ey medo de macalcar
   Eacalcarssem. ia traga besta ca(n)ssada.
  Morto será quen m’aiudar,
  ca el de tal coracon è,
  que de cavalo que de pé,
  ca sse queirá migo matar;
  e iá eu lhi fogiria,
  mays ey medo de m’acalcar;
  e acalcar-sse-m’-ia:
  trag’a besta canssada.
 
  V
  Se melhor q(ui)s(er) enparar
  Mha fazenda. teiria
  P(er) hi peyor parada
  Se melhor quiser enparar
  mha fazend’,a teiria
  per hi peyor parada:
 
  VI
    Seo matou se me matar
  De q(ua)l q(ue)r seria deuent(ur)a mi(n)guada
  se o mat’ou se me matar…
  de qual quer seria
  de ventura minguada.
 
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