Lirica Medievale Romanza
Published on Lirica Medievale Romanza (http://151.100.161.88)

Home > JOHAN BAVECA > EDIZIONE > Hum escudeyro vi oj'arrufado

Hum escudeyro vi oj'arrufado

64,28

Mss.: B 1454, V 1064.

Cantiga de meestria; tre coblas unissonans (rima c singulars) di sette versi cui seguono due fiindas di tre vv. ciascuna.

Schema metrico: a10' b10' b10' a10' c10 c10 a10' (161:196).

I fiinda: d10 d10 a10'.

II fiinda: e10 e10 a10'.

Edizioni: Lapa 189; Zilli 23; Lopes 154; Machado 1366; Braga 1064. 

 

  • letto 902 volte

Testo e traduzione

  Un escudeiro vi oj’ arrufado
  por tomar penhor a Maior Garçia
  por dinheiros poucos que lhi devia;
  e diss’ela, poi-lo viu denodado:
  “Senher, vós non mi afrontedes assi    
  e sera ‘gora un judeu aqui,
  con que barat’, e dar vos ei recado.
    I.  
    Ho visto oggi uno scudiero infuriato nel
    pignorare Maior Garçia per pochi denari
    che gli doveva, ed ella disse,
    dopo averlo visto audace:
    “Signore, voi non maltrattatemi così,
    sarà presto qui un ebreo, con il quale sto
    negoziando, e vi darò informazioni
  De vossos dinheiros de mui bon grado;
  e tornad’aqui ao meio dia
  e entando verrá da Judaria               
  aquel judeu con que ei baratado
  e un mouro, que á ‘qui de chegar,
  con que ei outrossi de baratar;
  e, en como quer, farei vos eu pagado”.
    II.
    di buon grado sui vostri denari e tornate qui
    a mezzogiorno e intanto verrà dalla Judaria
    quell’ebreo, con il quale ho negoziato,
    e un moro, che arriverà qui,
    con il quale ho da negoziare ugualmente,
    e farò in modo che ti pagherò”.
  E o mouro foi log’ ali chegado            
  e cuidou-s’ela que el pagaria
  dívida uelha que ela devia;
  mais diss’o mouro: “Sol non é pensado
  que vos paguedes ren do meu aver
  meos d’eu <carta> sobre vós fazer,     
  ca un iudeu avedes enganado”.
    III.
    E poco dopo arrivò il moro ed ella pensò che
    egli avrebbe pagato il vecchio debito
    che ella doveva, ma il moro disse:
    “Non è nemmeno da pensare che voi
    pagaste qualcosa con i miei averi,
    a meno che io non faccia su di voi un’ipoteca,
    perché avete ingannato un ebreo.”
  E ela disse: “ Fazede vós qual
  carta quiserdes sobre min, pois d’al
  non poss’ aver aquel omen pagado”.
    IV.
    Ed ella disse: “Fate voi qualsiasi contratto
    desideriate con me, poiché altrimenti
    non posso aver quell’uomo appagato”.
  E o mouro log’a carta notou
  Sobr’ela e sobre quanto lh’achou,
  e pagou a e leixou lh’ o tralado.
    V.
    E il moro subito scrisse il contratto su di lei e su
    quanto le trovò, e pagò e le lascio la copia.
  • letto 847 volte

Collazione

 
  I,1
  v.1
 
  B
  V
  Hum escudeyro vi oj arruffado
  Hum escudeyro vi oj arrufado
 
  I,2
  v.2
 
  B
  V
  por Jomar penhor a mayor garcia
  por tomar penhor a mayor garçia
 
  I,3
  v.3 
 
  B
  V
  por d mheyros poucos que lhy deiuya
  por d inheyros poucos que lhi divia
 
  I,4
  v.4
 
  B
  V
  et diss’ela poy-lo viu denodado
  e diss’ela poi-lo viu denodado
 
  I,5
  v.5
 
  B
  V
  Senher vos non mh affrontedes assy
  senher vos non mh affrontedes assy
 
  I,6
  v.6
 
  B
  V
  e ssera gord hum Judeu agui
  e sera gora hun iudeu aqui
 
  I,7
  v.7
 
  B
  V
  con que barat’ e dar vos ey rrecado
  con que barat’ e dar vos ey rrecado
 
  II,1
  v.8
 
  B
  V
  De vossos dinrs de muy bon grado
  De vossos dinrs de muy bon grado
 
  II,2
  v.9
 
  B
  V
  e tornad’aqui ao meio dia
  e tornad’aqui ao meio dia
 
  II,3
  v.10
 
  B
  V
  E entanto verra da Judaya
  e entando verra da iudaria
 
  II,4
  v.11
 
  B
  V
  A qual Judeu con que ey baratado
  a quel iudeu con que ey  baratado
 
  II,5
  v.12
 
  B
  V
  E hun mouro que a que de chegar
  e hun mouro que a chi de chegar
 
  II,6
  v.13
 
  B
  V
  Con que ey outr’ossy de baratar
  con que ey outr’ossy de barratar
 
  II,7
  v.14
 
  B
  V
  E en como quer farey mos eu pagado
  e en como quer farey uos eu pagado
 
  III,1
  v.15
 
  B
  V
  E o mouro foy a log’ aly chegado                + 1
  E o mouro foy a log alhy chegado               + 1
 
  III,2
  v.16
 
  B
  V
  E cuydous sela que el pagaria
  e cuydous sela que el pagaria
 
  III,3
  v.17
 
  B
  V
  Divida velha que ela divia
  divida velha que ela divia
 
  III,4
  v.18
 
  B
  V
  Mays diss’o moura sal non e penssado
  mais diss’o mouro ssol non e penssado
 
  III,5
  v.19
 
  B
  V
  Que vos paguedes rrem domeu aver
  que vos paguedes rren domeu aver
 
  III,6
  v.20
 
  B
  V
  meos d eu cca sobre vos fazer
  meos d eu cra sobre vos fazer
 
  III,7
  v.21
 
  B
  V
  ca hun Judeu avedes enganado
  ca hun iudeu avedes enganado
 
  F.,1
  v.22
 
  B
  V
  E ela disse fazede vos qual
  E ela disse fazede vos qual
 
  F.,2
  v.23
 
  B
  V
  Carta quisserdes sobre mi poys dal
  carta  quiserdes sobre min poys dal
 
  F.,3
  v.24
 
  B
  V
  Non poss aver aquel homen pagado
  non poss aver aquel homen pagado
 
  F.,1
  v.25
 
  B
  V
  E o mouro log’a carta notou
  E o muro leg’a carta notou
  
  F.,2
  v.26
 
  B
  V
  sobr ela e sober quanto lh’a chou
  sobr ela e sobre quanto lh’a chou
 
  F.,3
  v.27
 
  B
  V
  E pagou’a e leixou lh’o tradalo
  E pagou’a e leixou lh’o tralado
  • letto 755 volte

Edizioni

  • letto 622 volte

Lapa

Un escudeiro vi oj' arrufado
por tomar penhor a Maior Garcia,
por dinheiros poucos que lhi devia;
e diss' ela, poi-lo viu denodado:
- Senher, vós non mi afrontedes assi,                      5
e será 'gora un judeu aqui,
con que barat', e dar-vos-ei recado
 
De vossos dinheiros de mui bon grado;
e tornad' aqui ao meio dia,
e entanto verrá da Judaria                                       10
aquel judeu con que ei baratado
e un mouro, que á 'qui de chegar,
con que ei outrossi de baratar;
e, en como quer, farei-vos eu pagado.
 
E o mouro foi log' ali chegado,                                 15
e cuidou-s' ela que el pagaria
dívida velha qu' a ela devia;
mais diss' o mouro:- Sol non é pensado
que vós paguedes ren do meu aver,
meos d' eu carta sobre vós fazer,                             20
ca un judeu avedes enganado.
 
E ela disse:- Fazede vós qual
carta quiserdes sobre min, pois d' al
non poss' aver aquel omen pagado.
 
E o mouro log' a carta notou                                     25
sobr' ela e sobre quanto lh' achou;
e pagou-a e leixou-lh' o tralado. 

 

  • letto 487 volte

Tradizione manoscritta

  • letto 805 volte

CANZONIERE B

  • letto 486 volte

Riproduzione fotografica

  • letto 394 volte

Edizione diplomatica

 
 
  Hum escudeyro ui oia
  Jruffado por Jomar penhor
  A mayor garcia por d mheyros
  Poucos gue lhy deiuya
  Et dissela poylo uin denodado
  Senher uos no mha ffronredes assy
  Effera gord hum Judeu agui
  Con que barate darnos ey irecado
 
  De uossos d(in)rs de muy ho(n) grado
  Etornada q(ui) ao meio dia
  E entanto uerra da Judaya
  A qual Judeu co(n) q(ue) ey baratado
  E hu(n) mouro q(ue) a q(ue) de chegar
  Con q(ue) ey out(ro)ssy de baratar
 
 
 
  E encomo q(ue)r fareymos eu pagado
 
  Eo mouro foy alogaly chegado
  E cuydoussela q(ue) el pagaria
  Diuida uelha q(ue) ela diuia
  Mays disso mourasal no(n) e
  Penssado Que uos pagued(e)s
  Jrem ˙ domeu au(er) meos deuc(ar)ta
  Sobr(e) uos faz(er) cahu(n) Judeu
  Aued(e)s enganado
 
  Eela disse fazede uos qual
  C(ar)ta q(ui)sserdes sobr(e) mi poys dal
  Non possa uer aq(ue)l home(n) pagado
   
  Eo mouro loga carta notou
  Sobr(e)la e sober qua(n)to chou
  Epagoua ele(i)xoulho tradalo
 
  • letto 423 volte

Edizione diplomatico-interpretativa

I I
 
  Hum escudeyro ui oia
  ruffado por Jomar penhor
  A mayor garcia por d mheyros
  Poucos que lhy deiuya
  Et dissela poylo uiu denodado
  Senher uos no mha ffrontedes assy
  Essera gord hum Judeu agui
  Con que barate daruos ey rrecado
 
  Hum escudeiro vi oj aruffado
  por Jomar penhor a maior garcia
  por dmheiros poucos que lhi deiuia,
  et diss’ela poi-lo viu denodado:
  -Senher, vos no mi affrontedes assi
  e sera gord hum Judeu agui,
  con que barat’, e dar vos ei rrecado
II II
 
  De uossos d(in)rs de muy bo(n) grado
  Etornada q(ui) ao meio dia
  E entanto uerra da Judaya
  A qual Judeu co(n) q(ue) ey baratado
  E hu(n) mouro q(ue) a q(ue) de chegar
  Con q(ue) ey out(ro)ssy de baratar
  E encomo q(ue)r fareyuos eu pagado
 
  De vossos dinrs de mui bon grado,
  e tornad’a qui ao meio dia
  e entanto verra da Judaya
  aqual Judeu con que ei baratado
  e hun mouro, que a que de chegar,
  con que ei outrossi de baratar;
  e, en como quer, farei vos eu pagado.
III III
 
  Eo mouro foy alogaly chegado
  E cuydoussela q(ue) el pagaria
  Diuida uelha q(ue) ela diuia
  Mays disso mourasal no(n) e
  Penssado Que uos pagued(e)s
  rrem ˙ domeu au(er) meos deucca
  Sobr(e) uos faz(er) cahu(n) Judeu
  Aued(e)s enganado
 
  E o mouro foi alog ali chegado
  e cuidou ssela que el pagaria
  divida velha que ela divia,
  mais diss’o moura- sal non e penssado
  que vos paguedes rrem do meu aver
  meos d’ eu cca sobre vos fazer
  ca hun Judeu avedes enganado.
IV IV
 
  Eela disse fazede uos qual
  C(ar)ta q(ui)sserdes sobr(e) mi poys dal
  Non possa uer aq(ue)l home(n) pagado
 
  E ela disse:- fazede vos qual
  carta quisserdes sobre mi, poys d’al
  non poss’ aver aquel homen pagado.
V V
 
  Eo mouro loga carta notou
  Sobr(e)la e sober qua(n)tolha chou
  Epagoua ele(i)xoulho tradalo
 
  E o mouro log’a carta notou
  Sobr’ela e sober quanto lh’achou,
  e pagou a e leixou lh’o tradalo.
  • letto 416 volte

CANZONIERE V

  • letto 495 volte

Riproduzione fotografica

  • letto 397 volte

Edizione diplomatica

 

 
  Hum escudeyro ui oia rruffado por
  tomar penhor a mayor garçia
  por dinheyros poucos q(ue) lhi diuia
  edijsela poilo uiu denodado
  senher uos no(n) mha ffrontedes assy
  esera gora hun iudeu aqui
  con que barate dar uos ey rrecado
  De uossos d(in)rs de muy bo(n) grado
  etornada q(ue) ao meio dia
  e entando uerra da iudaria
  a quel iudeu co(n) q(ue) ey ei baratado
  ehu(n) mouro q(ue) achi de chegar
  co(n) que ey out(ro)ssy de barratar
  e en como q(ue)r fareyuos eu pagado
  Eo mouro foy alogalhy chegado
  e cuydoussela q(ue) el pagaria
  diuida uelha q(ue) ela diuia
  mais disso mour(o)
  ssalno(n) e penssado
  q(ue) uos paguedes rren domeu au(er)
  meos deuo cra sobr(e) uos faz(er)
  cahu(n) iudeu auedes enganado

 
 
 
  Eela disse fazede uos qual
  c(ar)ta  q(ui)serdes sobr(e) mi(n) poys dal
  no(n) possa uer aq(ue)l home(n) pagado
  Eomuro lega c(ar)ta notou
  sobr(e) la e sobre qua(n)tolha chou
  epagoua eleixoulho tralado
 
  • letto 476 volte

Edizione diplomatico-interpretativa

I I
 
  Hum escudeyro ui oia rrufado por
  tomar penhor a mayor garçia
  por dinheyros poucos q(ue) lhi diuia
  edissela poilo uiu denodado
  senher uos no(n) mha ffrontedes assy
  esera gora hun iudeu aqui
  con que barate dar uos ey rrecado
 
  Hum escudeyro vi oi arrufado
  por tomar penhor a maior garçia
  por dinheiros poucos que lhi divia
  e diss’ela, poi-lo viu denodado:
  -Senher, vos non mh affrontedes assi
  e sera gora hun iudeu aqui,
  con que barat,’e dar vos ei rrecado.
II II
 
  De uossos d(in)rs de muy bo(n) grado
  etornada q(ui) ao meio dia
  e entando uerra da iudaria
  a quel iudeu co(n) q(ue) ey baratado
  ehu(n) mouro q(ue) achi de chegar
  co(n) que ey out(ro)ssy de barratar
  e en como q(ue)r fareyuos eu pagado
 
  De vossos dinrs de mui bon grado
  e tornada qui ao meio dia
  e entando verra da Judaria
  aquel iudeu con que ei baratado
  e hun mouro, que a chi de chegar,
  con que ei outr’ossi de barratar,
  e, en como quer, farei vos eu pagado.
III III
 
  Eo mouro foy alogalhy chegado
  e cuydoussela q(ue) el pagaria
  diuida uelha q(ue) ela diuia
  mais disso mour(o)
  ssolno(n) e penssado
  q(ue) uos paguedes rren domeu au(er)
  meos deu cra sobr(e) uos faz(er)
  cahu(n) iudeu auedes enganado
 
  E o mouro foy a log’alhi chegado
  e cuidou ssela que el pagaria
  divida velha que ela divia;
  mais diss’o mouro: - ssol non e penssado
  que vos paguedes rren do meu aver
  meos d’eu cra sobre vos fazer
  ca hun iudeu avedes enganado.
IV IV
 
  Eela disse fazede uos qual
  c(ar)ta  q(ui)serdes sobr(e) mi(n) poys dal
  no(n) possa uer aq(ue)l home(n) pagado
 
  E ela disse:-  fazede vos qual
  carta  quiserdes sobre min, pois d’al
  non poss’aver aquel homen pagado
V V
 
  Eomuro lega carta notou
  sobr(e) la e sobre qua(n)tolha chou
  epagoua eleixoulho tralado
 
  E o muro leg’a carta notou
  Sobr’ ela e sobre quanto lh’ achou
  e pagou a e leixou lh’ o tralado.
  • letto 498 volte
Credits | Contatti | © Sapienza Università di Roma - Piazzale Aldo Moro 5, 00185 Roma T (+39) 06 49911 CF 80209930587 PI 02133771002

Source URL: http://151.100.161.88/?q=laboratorio/hum-escudeyro-vi-ojarrufado