Lirica Medievale Romanza
Published on Lirica Medievale Romanza (http://151.100.161.88)

Home > AYRAS MONIZ D'ASME > EDIZIONE > Mha senhor, vin vus rogar

Mha senhor, vin vus rogar

13,1

Ms.: B 7.

Cantiga de meestria; cinque coblas doblas di nove versi.

Schema metrico: a7 b6' a7 b6' a7 b6' a8 a8 b6' (62:1).

Edizioni: CA 317; Lopes 1; Machado 7; Molteni 7.

 

  • letto 924 volte

Edizioni

  • letto 469 volte

Michaëlis 1904

"Mia senhor, vin-vus rogar
por Deus que ar pensedes
de mi,que en tan gran vagar
trouxestes e tragedes.
E cuido-m' eu avergonhar!                                       5
Se vus prouguer', devedes
oj' a mia barba a onrar,
que sempr' onrada sol andar.
E vos non mi-a viltedes!"
 
"Cavaleiro, ja aviltar                                                 10
nunca m' a oïredes,
mais leixemos ja ela estar
ed esso que dizedes.
...
...                                                                              15
Sol non penso de vus amar;
nen pensarei, a meu cuidar,
mais d' esto que veedes."
 
"Mia senhor, eu vus direi
de mi como façades:                                                20
O por que vus sempr' amei,
per ren non mi-o tenhades;
e sempre vus servirei,
se m' oj' avergonhades.
Fazede como sabor ei,                                            25
e dade mal, e ir-m'-ei,
e non me detenhades!"
 
"Cavaleiro, non o darei;
pero, se vus queixades,
mui ben vus conselharei:                                         30
"Ide-vus, que tardades."
Ca, ¿por quê vus deterrei
u ren non adubades?
Pero desejos averei
de vos, e endurar-mi-os ei                                       35
ata quando ar venhades."
 
"Mia senhor, a meu saber,
mais aposto seeria
quererdes por min fazer
como eu por vos faria;                                             40
ca eu por tanto d' aver
nunca vus deterria;
mais non poss' eu dona veer
que assi and' a meu prazer
como lh' eu andaria."                                               45

 

  • letto 476 volte

Tradizione manoscritta

  • letto 694 volte

CANZONIERE B

  • letto 538 volte

Riproduzione fotografica

Vai al manoscritto [1]

  • letto 539 volte

Edizione diplomatica

Mha senhor uinuo(s) roguar

Por deus quear pensedes

Demi que entam gram uagar

Trouxestes e trage des

E cuidomeu auergonhar

Seuo(s) puguer devedes

Dio mha barua e ouirar

Que sempr ouirada sol andar

E nos non mha uiltede

 

Caualeyro ia uiltar nu(n)ca moiredes

Mais leixemo(s) ia ela estar

Edesso q(ue) dizedes

Sol non pensso devo(s)amar,

ne(m) penssarei ameu cuidar,

mays desto que ueedes.

Mha senhor euo(s) direy

Demi como façades

Opor q(ue)vo(s) sempramei

Per rem no(n)m(in)ho tenhades

Esempre vo(s) servirei,

semoy avergonhades

fazede como sabor ey

E dademali e irmey

E nonme detenhades.
 

Caualeyro no(n) darei

Perosevo(s) queixades

Mui be(m)vo(s) co(n)selharei

Idevo(s) q(ue) tardades.

Que por q(ue) vo(s) deterrei

Du rem no(n) adubades

Po deseios auverey

Devos e enduraymhos ey

Ata qua(n)do ar venhades.

Mha senhor ameu saber

Mays aposto seeria

Quererdes por m(im) fazer

Como eu por vosfaria

Ca eu porta(n)to daver

Nu(n)ncauos deterria

Mays no(n) posseu dona veer

Q(ue) assi andameu plazer

Comolheu andaria

  • letto 541 volte

Edizione diplomatico-interpretativa

I  
Mha senhor uinuo(s) roguar
Por deus que ar pensedes
Demi que entam gram uagar
Trouxestes e tragedes
E cuidomeu auergonhar
Seuo(s) puguer devedes
Dio mha barua e ouirar
Que sempr ouirada sol andar
E nos non mha uiltedes
Minha senhor, vinuos roguar,
por Deus quear pensedes
demi que entam gram vagar
trouxestes e tragedes
​E cuido meu avergonhar.
Se vos puguer devedes
Dio minha barua e ovirar
que sempr ovirada sol andar,
e nos non minha viltedes
II  
Caualeyro ia uiltar nu(n)ca moiredes
Mais leixemo(s) ia ela estar
E desso q(ue) dizedes
Sol non pensso devo(s) amar,
ne(m) pensarei ameu cuidar,
mais desto que ueedes.
M(in)ha senhor euo(s) direy
Demi como façades
O por q(ue) vo(s) sempre amei
Per rem no(n) m(in)ho tenhades
E sempre vo(s) servirei,
semoi avergonhades
fazede como sabor ei
Cavaleiro, ia viltar nunca moiredes
mais leixemos ia ela estar;
e desso que dizedes
Sol non penso de vos amar,
nem pensarei a meu cuidar
mais desto que veedes.
Minha senhor, eu vos direi
de mi como façades
o por que vos sempre amei
per rem non minho tenhades
e sempre vos servirei;
se moi avergonhades,
fazede como sabor ei
III  
E dade mali e irmei
E non me detenhades.
Caualeyro no(n) darei
Pero sevo(s) queixades
Mui be(m)vo(s) co(n)selharei
Idevo(s) q(ue) tardades.
Que por q(ue) vo(s) deterrei
Du rem no(n) adubades
Per deseios auverei
Devos e enduraimos ei
Ata qua(n)do ar venhades.
E dade mali e irmei,
e nom me detenhades.
Cavaleiro, non darei
pero se vos queixades,
mui bem vos conselharei:
ide vos que tardades.
Que por que vos deterrei
Du rem non adubades
Pero deseios averei
de vos e enduraimos ei
ata quando ar venhades.
IV  
Mha senhor ameu saber
Mais aposto seeria
Quererdes por m(im) fazer
Como eu por vos faria
Ca eu por ta(n)to daver
Nu(n)ncauos deterria
Mais no(n) posseu dona veer
Q(ue) assi andameu plazer
Como lheu andaria
Minha senhor, a meu saber,
mais aposto seeria
quererdes por mim fazer
como eu por vos faria
ca eu, por tanto de aver,
nunca vos deterria
mais non posso eu dona veer
que assi andar meu plazer
como lheu andaria.
  • letto 513 volte
Credits | Contatti | © Sapienza Università di Roma - Piazzale Aldo Moro 5, 00185 Roma T (+39) 06 49911 CF 80209930587 PI 02133771002

Source URL: http://151.100.161.88/?q=laboratorio/mha-senhor-vin-vus-rogar

Links:
[1] https://www.wdl.org/es/item/13529/view/1/31/