Lirica Medievale Romanza
Published on Lirica Medievale Romanza (http://151.100.161.88)

Home > LAIS DE BRETANHA > EDIZIONE > Muy gram temp'á, par Deus, que eu non vy > Tradizione manoscritta > CANZONIERE B

CANZONIERE B

  • letto 491 volte

Riproduzione fotografica

Vai al manoscritto [1]

  • letto 526 volte

Edizione diplomatica

Don Tristan O namorado fez sta cantiga

Muy gram tempo a par deo(s) que eu no(n) uy

Que(n) de beldade uence toda irem

Esse xemela queyxasse porem

Gran derey te ca eu ho merecy

E bem me pode chamar desleal

De q(ue)rer eu ne(m) por be(m) ne(m) por mal

Uiuer com orassem ela uiui

E pois q(ue) me deuier at(re)ui

 Ssen(h)a ueer en q(ue) fiz muy malssem,

Dereyto faz seme mal talam tem,

Por tal sandiçe q(ua)l eu comety.

E con tal coite tan descomunal

Sse me de(us) ou ssa mesura no(n) ual

Deffenson out(ra) no(n) tenheu por  mi
 

Cadaq(ue)l dia en q(ue) meu p(ar)ti

Damha sen(hor) e meu lume emeubem

Por q(ue)o fiz amorrer me que(m)

Poys uiui tanto sen tornar aly

Hu ela esseporen sanhatal

Filhou demi(m) eme ssa mercee ffal

Ayeu catiuo eror q(ue) naçy

Dunamor eu catechoro

Etodome uen daly,

Daporque eu ca(n)techoro

E q(ue) por meu maldia uy.

Epero sea eu oro

Muy gra(m) dereito facy

Ca aly hu eu do(n) oro

Semprelhe pece pedy
 

Ela epois eu demoro

E n seu amor por de(us) de mi

Aia merçee casse eu demoro

En tal coyta p(er)der rmey hy

  • letto 559 volte

Edizione diplomatico-interpretativa

I  
Dom Tristan o namorado fez (e)sta cantiga Dom Tristan o namorado fez esta cantiga.
II  
Muy gram tempo a par Deu(s) que eu no(n) uy
Que(m) de beldade uence toda irem
Esse xemela queyxasse poren
Gran derey te ca eu ho merecy
E bem me pode chamar desleal
De q(ue)rer eu ne(m) por be(m) ne(m) por mal
Uiuer com orassem ela uiui
Muy gram temp a par Deus, que eu non vi
quem de beldade vence toda irem
E se xe me ela queixasse poren,
gram derei te ca eu o merecy.
E bem me pode chamar desleal
de querer eu, nem por bem nem por mal,
viver com ora sem ela vivi.
III  
E pois q(ue) me deuier at(re)ui
 Ssena ueer en q(ue) fiz muy malssem,
Dereyto faz seme mal talam tem,
Por tal sandiçe q(ua)l eu comety.
E con tal coite tan descomunal,
Sse me de(us) ou ssa mesura no(n) ual
Deffenson out(ra) no(n) tenheu por mi
E pois que me de viver atreui
sen a veer, en que fiz muy mal sem,
dereito faz, se me mal talam tem,
por tal sandice qual eu cometi.
E com tal coite tam descomunal,
se me Deus ousa mesura non val,
defenson outra non tenheu por mi.
IV  
Cadaq(ue)l dia en q(ue) meu p(ar)ti
Da mha sen(hor) e meu lume emeubem
Por q(ue) o fiz amorrer me que(m)
Pois uiui tanto sen tornar aly
Hu ela esseporen sanhatal
Filhou demi(m) eme ssa mercee ffal
Ay eu catiuo eror q(ue) naçy?
Ca daquel dia en que meu parti
da minha senhor e meu lume e meu bem,
porque o fiz, a morrer me quem
pois vivi tanto, sen tornar ali
hu ela e se poren sanha tal
filhou de mim, e me sa merce fal,
ai eu cativo eror que ​naçy?
V  
Don amor eu catechoro
E todo me uen daly,
Daporque eu ca(n)techoro
E q(ue) por meu maldia uy.
Don Amor, eu canto e choro,
e todo me vem dali,
da por que eu canto e choro
e que por meu mal dia vi.
VI  
E pero sea eu oro
Muy gra(m) dereito facy
Ca aly hu eu do(n) oro
Semprelhe pece pedy
E pero se a eu oro,
mui gram dereito façi,
ca ali hum eu don oro
sempre lhe peçe e pedi:
VII  
Ela epois eu demoro
E n seu amor por de(us) de mi
Aia merçee casse eu demoro
En tal coita p(er)der mei hi
ela pois eu demoro
en seu amor, por deus, de mi
aia merçe casse eu demoro
en tal coita, perder mei hi.
  • letto 525 volte
Credits | Contatti | © Sapienza Università di Roma - Piazzale Aldo Moro 5, 00185 Roma T (+39) 06 49911 CF 80209930587 PI 02133771002

Source URL: http://151.100.161.88/?q=laboratorio/canzoniere-b-14

Links:
[1] https://www.wdl.org/es/item/13529/view/1/30/