Lirica Medievale Romanza
Published on Lirica Medievale Romanza (http://151.100.161.88)

Home > JOSEP > EDIZIONE > Vós, dom Josep, venho eu preguntar

Vós, dom Josep, venho eu preguntar

30,35 (84,1)
 
Mss.: B 1315, V 920.
 
Cantiga de meestria; sei* coblas doblas (rima b III-VI singulars; b IV, VI = c V-VI) di sette versi.
 
Schema metrico: I-IV: a10 b10' b10' a10 c10 c10 a10 (161:109);
                           
                            V-VI: a10 b10' b10' a10 c10' c10' a10 (161:113).
                           
Edizioni: Lapa 126; Pagani 24; Machado 1264; Lopes 453; Braga 920.
 
 
* Parrebbe tuttavia mancare una cobla, corrispondente alla risposta di Estevan da Guarda, situata tra la IV e quella che qui, come in RM, viene considerata come V (cfr. Lapa 1970, p. 203).
 
 

  • letto 645 volte

Testo e traduzione

  -Vos, Don Josep, venho eu preguntar,
  pois pelos vossos judeus talhadores
  vos é talhado, a grandes e meores:
  quanto cada un judeu á de dar?
  Per qual razon Don Foam judeu                       5
  a que ja talha foi posta no seu,
  s’escussa sempre de vosco reytar ?
 
  <E>steva<n> da Guarda, pode quitar
  qual judeu quer de reitar os senhores,
  mais, na talha, graças nen amores                 10
  non lhi faran os que an de talhar,
  e Don Foam ja per vezes deu
  o que talharon, com’eu de per do meu,
  er dará máis e querrá-se livrar.
 
  - Don Josep, <eu> tenho por sen razon,         15
  pois ja fal vos quen talha igualdade
  u do seu den quanto lhi foi talhad’e,
  que, per senhores á ja defenson
  de non peitar com’outro peitador,
  como peita <a > qualquer talhador                 20
  quanto lhi talhan, sen escusaçon.
 
  - Estevan da Guarda, per tal auçon
  qual vos dizedes, foi ja demandado
  e foi per el seu feito desputado,
  assi que dura na desputaçon                         25
  <pero> do talho non ten o melhor,
  ca deu gran peça, máis pois seu senhor
  lha peita, quanto val tal quitaçon.
  ………………………
 
  - Ja Don Foam, por mal que mi quer, diz
  que nego quant’ei, por non peitar nada,         30
  e de com’é mia fazend’apostada
  vos, Don Estevan, sodes en ben fiz
  que nunca foi de mia talha negado,
  mais sabudo e certo, apregoado,                      
  quant’ei na terra, móvil e raiz.                        35
 
  - Don Josep, ja eu <son>  certo <e> fiz
  que do vosso non é cousa negado,
  mais é tan certo e apre<ça>do
  come o vinho forte en Alhariz
  e el queria de vos,  des arreigado,                 40
  de vos aver assi <mal> espeitado,
  com’ oj’ el é pelo maior juiz.
 
  I. A voi Don Josep vengo a chiedere, dal momento
     che i vostri giudei esattori vi tassano con grandi
     e piccoli (interessi): quanto deve dare ciascun
     giudeo? Per quale motivo il giudeo Don Foam,
     al quale già l’imposta fu messa sui suoi beni,
     si rifiuta sempre di restituirvela?
 
  II. Estevan da Guarda è possibile che un giudeo
      si esenti dal pagare gli interessi ai signori,
      ma nel tassare, né favori né cose gradite
      essi faranno a chi devono tassare, e Don Foam
      ha già dato diverse volte quello per cui lo
      tassavano, come io ho dato del mio, e darà
      ancora di più e cercherà di liberarsene.
 
  III. Don Josepe, io ritengo ingiusto, poiché chi vi
       tassa manca di giustizia , egli deve dare del
       suo nel momento in cui fu tassato, che per
       i signori ha dispensa di non pagare come ogni
       altro contribuente, come paga a qualsiasi
       esattore quando lo tassano, senza esenzioni.
 
  IV. Estevan da Guarda per tale azione, che voi
       affermate fu già citato in tribunale e fu per il
       suo caso discusso in giudizio, così che ancora
       continua la disquisizione; però della tassa non
       tiene la miglior parte, perché ne diede
       gran parte, ma poiché il suo signore gliela
       ha pagata, quanto vale tale pagamento.
       ………………………………………..
 
  V. Ormai Don Foam, per il male che mi vuole,
      dice che nego quanto ho e di come è disposta
      la mia situazione economica per non
      pagare nulla. Voi, Don Estevan sapete per
      certo, che non ho mai mancato di pagare
      la mia tassa, ma è saputo ed è certo, e
      reso di dominio pubblico quanto ho sulla terra,
      i beni mobili e gli immobili.
 
  VI. Don Josepe io sono certo e sicuro che non
       siete manchevole nel pagare le tasse,
       ma è tanto certo ed evidente come il vino forte
       di Allariz che egli voleva screditarvi, così da
       avervi oppresso, come oggi è egli per il
       giudice maggiore.
 
  • letto 696 volte

Edizioni

  • letto 575 volte

Lapa

- Vós, Don Josep, venho eu preguntar,
pois pelos vossos judeus talhadores
vos é talhado, a grandes e meores,
quanto cada un judeu á-de dar:
per qual razon Don Foão judeu,                              5
a que já talha foi posta no seu,
s' escusa sempre de vosco reitar?
 
- Estêvan da Guarda, pode quitar
qual judeu quer de reitar os senhores,
mais, na talha, graças nem amores                        10
non lhi faran os que an de talhar;
e Don Foão já per vezes deu
o que talharon, com' eu dou do meu;
er dará mais, e querrá-se livrar.
 
- Don Josep, tenho por sen-razon,                          15
pois já fal vosqu' en talha igualdade,
que do seu den quanto lhi foi talhad' e
que, pois senhores an já defenson
de non peitar com' outro peitador,
como peitan a qualquer talhador                             20
quanto lhi talhan, sen escusaçon?
 
- Estêvan da Guarda, per tal auçon
qual vós dizedes, foi já demandado
e foi per el seu feito desputado,
assi que dura na desputaçon;                                  25
e do talho non ten i o melhor,
ca deu gran peça; mais pois seu senhor
lha peita, quanto val tal quitaçon!
 
...
...                                                                              30
...
...
...
...
...                                                                              35
 
- Já Don Foan, por mal que mi quer, diz
que nego quant' ei, por non peitar nada;
e de com' é mia fazend' apostada
vós, Don Estêvan, sodes en ben fiz
que nunca foi de mia talha negado,                         40
mais sabudo e certo, apregoado
quant' ei na terra, móvil e raiz.
 
- Don Josep, já eu son certo e fiz
que do vosso non é cousa negado,
mais é atan certo e apreçado                                   45
com' é o vinho forte en Alhariz;
e el queria de vós, desarreigado,
de vos veer assi mal aspeitado,
com' oj' el é pelo maior juiz. 

 

  • letto 412 volte

Collazione

 
  I,1
  v.1
 
  B
  V
  - Vos dom Josep, venho eu preguntar,
  - Vos com Josep, venho eu preguntar,
 
  I,2
  v.2
 
  B
  V
  poys peles vosses judes talhadores      
  poys pelos vossos judeus talhadores
 
  I,3
  v.3
 
  B
  V
  vos he calhada an grades e meores,
  vos he calhada a grandes e meores,
 
  I,4
  v.4
 
  B
  V
  quanto tuda hun judeu a de dar
  quanto tada hun  judeu a de dar
 
  I,5
  v.5
 
  B
  V
  per qual fazam dom feham judeu         -1
  per qual fazom dom seham judeu         -1
 
  I,6
  v.6
 
  B
  V
  a que ia talha fay posta nos seu
  a que ia talha foy posta no seu
 
  I,7
  v.7
 
  B
  V
  s’ escussa sempre de vosco reytar
  s’ escussa senpre de vosco reytar
 
  II,1
  v.8
 
  B
  V
  - Sfeva  da guarda pode qiutar            -1
  - Stȇva da guarda pode quitar             -1
 
  II,2
  v.9
 
  B
  V
  qual judeu quer de reytar es senhores,
  qual judeu quer de reytar os senhores,
 
  II,3
  v.10
 
  B
  V
  mays, na talha, gvacas nen  amores
  mays, na talha, gracas nem amores
 
  II,4
  v.11
 
  B
  V
  nun lhy faram os que ham de talhar   
  nu lhy faram os que ham de talior
 
  II,5
  v.12
 
  B
  V
  e dom Foam ia per vezes deu               -1
  e dom Foam ia per vezes deu               -1
 
  II,6
  v.13
 
  B
  V
  vo que talhanso, com eu de per do meu   +1
  oo que talharon, com eu de per do meu,   +1
 
  II,7
  v.14
 
  B
  V
  er dará máys, e queyra-se luirar,            
  es dora máys, a qyra-se luirar,
 
  III,1
  v.15
 
  B
  V
  -  Dom Jasep, tenho por sem razon,        -1
  - Dom Josep, tenho por sem razon,         -1
 
  III,2
  v.16
 
  B
  V
  poys ia ffan vos que talha, igualdade
  poys ia ffai vos quen tolha, igualdado
 
  III,3
  v.17
 
  B
  V
  nu do sem deu quanto lhi foy talhado,
  hu do seu deu quanto lhy foy tolhado,
 
  III,4
  v.18
 
  B
  V
  que per senhores ara defensom
  que per senhores aià defensom
 
  III,5
  v.19
 
  B
  V
  ve nom peytar com’outro peytador,
  de nom peytar com’outro peytador,
 
  III,6
  v.20
 
  B
  V
  como peyta qualquer talhador               -1
  como peyta qualquer talhador               -1
 
  III,7
  v.21
 
  B
  V
  quanto lhy talhan, sem escusacom.
  quanto lhy talhan, sem escusazom.
 
  IV,1
  v.22
 
  B
  V
  - Sfevan da guarda per tal aucom         -1
  - Stevan da guarda per tal auçom         -1
 
  IV,2
  v.23
 
  B
  V
  qual vos dizede, foy ia demandado
  qual vos dizedes, foy ia demandado
 
  IV,3
  v.24
 
  B
  V
  e foy per el seu freyte desputado
  e foy per el seu feyto desputado
 
  IV,4
  v.25
 
  B
  V
  assy que dura na desputacom
  assy que dura na disputaçom
 
  IV,5
  v.26
 
  B
  V
  e do talho non ten o melhor,                 -1
  e do talho non ten o melhor,                 -1
 
  IV,6
  v.27
 
  B
  V
  ca deu gran pera, mays poys sen senhor    
  ca deu gran peta, mays poys seu senhor
 
  IV,7
  v.28
 
  B
  V
  lha peyta quinta val tal quitacom
  lha peyta quanta val tal quitacom
 
  V, 1
  v.29
 
  B
  V
  […]
  […]
 
  V,1
  v.29
 
  B
  V
  - Ja dom Fem, por mal que, mj quer diz       -1
  - Ja dom Foram, por mal que, mi quer diz
 
  V,2
  v.30
 
  B
  V
  que nego quant’ ey, por nom peytar nada,
  que nego quant’ ey, por nom peycor nada,
 
  V,3
  v.31
 
  B
  V
  e de rom he mha fazend’apostada,
  e de com he mha fazend’apostada,
 
  V,4
  v.32
 
  B
  V
  vós dom Esteva, sodes em bem faz
  vós dom Esteva, sodes em bem faz
 
  V,5
  v.33
 
  B
  V
  que nunca ffoy de mha tassa negado,      
  que nunca ffoy do mha tajsa negado, 
 
  V,6
  v.34
 
  B
  V
  mays sabudo e, certo, apregoado
  mays sabudo e, certo, apregoado
 
  V, 7
  v.35
 
  B
  V
  quant ey na terra movil e raz.                  -1
  quant ey  na terra movil e raiz.
 
  VI,1
  v.36
 
  B
  V
  Dom Josep, ia eu certo fiz                        -2
  Dom Josep, ia eu certo fiz                        -2
 
  VI,2
  v.37
 
  B
  V
  que do vesse non he rensa negrdo
  que do vesse non he cousa negado
 
  VI,3
  v.38
 
  B
  V
  mays he tam certo e apreado
  mays he tan corto i apreado
 
  VI,4
  v.39
 
  B
  V
  come o vinho forte em alhariz
  dome o vinho forte em alhariz
 
  VI,5
  v.40
 
  B
  V
  e el queria deuy, deseapreigado
  e el queroa deus, desearreygado
 
  VI,6
  v.41
 
  B
  V
  ce nos aver assy espreytado
  de vos aver assy aspeytado
 
  VI,7
  v.42
 
  B
  V
  com’og el he pelo maior juyz.
  com’eg el he pelo mayor juiz.
  • letto 669 volte

Tradizione manoscritta

  • letto 686 volte

CANZONIERE B

  • letto 523 volte

Edizione diplomatica

 
  Vos dom iosep[1] venho [2] eu p(re)guntar
  poys  peles uosses Iudes[3] talhadores
  vos he calhada  angrades emcores
  Quanto tuda hun Judeu adedar
  Per qual fazam dom feham Judeu
  A quei a talha fay posta nosseu
  Sescussa sempre deuosco reytar
 
  ‘
  Sfeua[4] daguarda pode qiutar
  Qual Judeu quer dereytar es senhores
  Mays natalha gvacas ne[5] amores
  A uˉlhy faram os q(ue)ham detalhar
  E dom Foam ia p(er)uezes deu
  Voque talhanso comeu de p(er) domen
  Erdara mays e queyrasse luirar
                                                  Tenzó
                                         Stevá dá Guarda
 
[1] Sottolineatura
[2] Tratto orizzontale direttamente sopra l’asta ascendente di h
[3] Sottolineatura
[4] Sottolineatura
[5] Segno grafico ricurvo sopra al digramma ne
 
  Dom iasep[6] tenho por sem razon
  Poys iaffan uos que talha igualdade
  Nudo sem deu quantolhi foy talhado
  Que per senhores ara defensom
  Venom peytar comoutro peytador
  Como peyta qual quer talhador
  Quantolhy talha(n) sem escufacom
 
   
  Sfena(n) daguarda[7] p(er)tal auco(m)
  Qual vos dizedes foy iademandado
  E foy per el seu freyte desputado
  Assy quedura na desputacom
  E do talho non ten o melhor
  Cadeu gran pera mayspoys sen senhor
  Lha peyta ˙ qunita ˙ual tal q(ui)tacom
 
 
  Jadom fem [8] por mal q(ue) mj quer diz
  Que nego quantey por nom peyter nada
  E de rom he mha faze(n) da postada
  Vos dom esteva sodes em bem faz
  Que nu(n)ca ffoy deniha tassa negado
  Mays fabudo e certo  apregoado
  Quanteyna terra mouil erraz
 
 
  Dom iosep ia eu certo fiz
  Que douesse non he centa negrdo
  Mays he tam certo e apreado
  Come obinho forte em alhariz
 
  [6] Sottolineatura
  [7] Sottolineatura
  [8] Sottolineatura
 
 
  E el queria deuy dese aprei[9]gado
  Cenos aver assy espreytado
  Coniogel he pelo maior Juyz.
 
[9] La y sembra essere stata corretta con la i
 
  • letto 488 volte

Edizione diplomatico-interpretativa

I I
 
  Vos dom iosep venho  eu p(re)guntar
  poys  peles uosses Iudes talhadores
  vos he calhada  angrades emcores
  Quanto tuda hun Judeu adedar
  Per qual fazam dom feham Judeu
  A quei a talha fay posta nosseu
  Sescussa sempre deuosco reytar
 
  Vos don Josep, venho eu preguntar,
  poys peles vosses judes talhadores
  vos he calhada  a grades e meores,
  quanto tuda hun judeu a-de dar:
  per qual fazam dom feham judeu
  a que ia talha fay posta nos seu
  s’escussa sempre de vosco reytar?
II II
 
  Sfeua daguarda pode qiutar
  Qual Judeu quer dereytar es senhores
  Mays natalha gvacas ne(n) amores
  N un lhy faram os q(ue)ham detalhar
  E dom Foam ia p(er)uezes deu
  Voque talhanso comeu de p(er) domeu
  Erdara mays e queyrasse luirar
 
  Sfeva da guarda, pode qiutar
  qual judeu quer de reytar es senhores,
  mays, na talha, gvacas nen amores
  nun lhy faram os que ham de talhar,
  e dom Foam ia per vezes deu
  vo que talhanso, com’eu de per do meu;
  er dara mays, e queyra-se luirar.
III III
 
  Dom iasep tenho por sem razon
  Poys iaffan uos que talha igualdade
  Nudo sem deu quantolhi foy talhado
  Que per senhores ara defensom
  Venom peytar comoutro peytador
  Como peyta qual quer talhador
  Quantolhy talha(n) sem escusacom
 
  Dom iasep, tenho por sen razon,
  poys ia ffan vos que talha, igualdade
  nudo sem deu quanto lhi foy talhado,
  que per senhores ara defensom
  ve nom peytar com’outro peytador,
  como peyta qual quer talhador
  quanto lhy talhan, sem escusacom?
IV IV
 
  Sfeva(n) daguarda p(er)tal auco(m)
  Qual vos dizedes foy iademandado
  E foy per el seu freyte desputado
  Assy quedura na desputacom
  E do talho non ten o melhor
  Cadeu gran pera mayspoys sen senhor
  Lha peyta ˙ quinta ˙ual tal q(ui)tacom
 
 
  Sfevan da guarda, per tal aucom
  qual vos dizedes, foy ia demandado
  e foy per el seu freyte desputado,
  assy que dura na desputacom
  e do talho non ten o melhor,
  ca deu gran pera, mays poys sen senhor
  lha peyta , quinta val tal quitacom.
  ………………….
 
V V
 
  Jadom fem por mal q(ue) mj quer diz
  Que nego quantey por nom peyter nada
  E de rom he mha faze(n) da postada
  Vos dom esteva sodes em bem faz
  Que nu(n)ca ffoy demha tassa negado
  Mays sabudo e certo  apregoado
  Quanteyna terra mouil erraz
 
  Ja dom fem, por mal que mj quer, diz
  que nego quant’ey, por nom peyter nada,
  e de rom he mha fazend’apostada,
  vos, dom esteva, sodes em bem faz
  que nunca ffoy de mha tassa negado,
  mays sabudo e, certo,  apregoado,
  quant’ey na terra, mouil e raz.
VI VI
 
  Dom iosep ia eu certo fiz
  Que douesse non he rensa negrdo
  Mays he tam certo e apreado
  Come ovinho forte em alhariz
  E el queria deu₉ dese apreigado
  Cenos aver assy espreytado
  Comogel he pelo maior Juyz.
 
  Dom iosep, ia eu certo fiz
  que do vesse non he rensa negrdo
  mays he tam certo e apreado
  come o vinho forte em alhariz
  e el queria deu₉ deseapreigado
  ce nos aver assy espreytado
  com’o gel he pelo maior juyz.
  • letto 406 volte

Riproduzione fotografica

  • letto 455 volte

CANZONIERE V

  • letto 511 volte

Edizione diplomatica

 
  Vos com Iosep uenho[1] eu p(re)guntar
  poys pelos uossos judeus talhador(e)s
  uos he calhada agra(n)des emeores
  quanto tada hun  judeu adedar
  perqual fazom dom seham judeu
  aqueia talha foy posta nosseu
  sescussa senpre deuosco reytar

  
  S
tȇua daguarda pode q(ui)tar
  qual judeu q(ue)r dereytar os senho[2]res
  mays natalha gracas ne(m) amor(e)s
  nu lhy fara(m) os q(ue) ham detali or
  edom foam ia peruezes deu
  ooque talharo(n) comeu drp(er) domen
  esdo ra mays a qyrasse huirar
 
  Dom iosep tenho porsem razom
  poys ia ffai uos que(n) tolha igualdado

 
  [1]Tratto orizzontale direttamente sopra l’asta   ascendente di h
  [2] Tratto semiricurvo sopra la o
 
 
  hudo seu deu quantolhy foy tolhado
  que per senhores aià defensom
  denom peytar comoutro peytador
  como peyta qualq(ue)r talhador
  quantolhytalha(n) sem escusazom
   
  S teuan daguarda p(er) talauço(n)
  qual uos dizedes foy ia dema(n)dado
  efoy p(er)el seu feyto desputado
  assy q(ue) dura nadi sputaçom
  edotalho no(n) te(n) o melhor
  cadeu gra(n) peta mays poys seu senhor
  lha peyta q(ua)nta ual tal q(ui)tacom
 
  Ja dom foram por mal q(ue)mi q(ue)r diz
  que nego qua(n)tey por no(n) peycor nada
  ede com he mha faze(n)da postada
  uos dom esteua sodes em bem faz
  que nunca ffoy domha tajsa negado
  mays sabudo ecerto apregoado
  qua(n)tey[3] na terra mouil erraiz    
 
  Dom iosep ia eu certo fiz
  que douesse no(n) he cousa negado
  mays he ta(n) corto iapreado
  dome o uinho forte em alhariz
  e el q(ue)roa deu(s) dese arreygado
  deuos aver assy aspeytado
  comegel he pelo mayor Juiz
 
[3] Il grafema successivo è stato cassato
 
  • letto 443 volte

Edizione diplomatico-interpretativa

I I
 
  Vos com Iosep uenho eu p(re)guntar
  poys pelos uossos judeus talhador(e)s
  uos he calhada agra(n)des emeores
  quanto tada hun  judeu adedar
  perqual fazom dom seham judeu
  aqueia talha foy posta nosseu
  sescussa senpre deuosco reytar
 
  Vos com Josep, venho eu preguntar,
  poys pelos vossos judeus talhadores
  vos he calhada a grandes e meores,
  quanto tada hun judeu a de dar,
  per qual fazom dom seham judeu
  a que ia talha foy posta no seu,
  s’escussa senpre de vosco reytar?
II II
 
  Stȇua daguarda pode q(ui)tar
  qual judeu q(ue)r dereytar os senhores
  mays natalha gracas ne(m) amor(e)s
  nu lhy fara(m) os q(ue) ham detali or
  edom foam ia peruezes deu
  ooque talharo(n) comeu de p(er) domeu
  esdo ra mays a qyrasse luirar
 
  Stȇua da guarda pode quitar
  qual judeu quer de reytar os senhores,
  mays na talha, gracas nem amores
  nu lhy faram os que ham detali or
  e dom foam ia per vezes deu
  do que talharon, com’eu de per do meu,
  er do ra mays, a qyra-se luirar.
III III
 
  Dom iosep tenho porsem razom
  poys ia ffai uos que(n) tolha igualdado
  hudo seu deu quantolhy foy tolhado
  que per senhores aià defensom
  denom peytar comoutro peytador
  como peyta qualq(ue)r talhador
  quantolhytalha(n) sem escusazom
 
  Dom iosep, tenho por sem razom,
  poys ia ffai vos quen tolha, igualdado
  hudo seu deu quanto lhy foy tolhado,
  que per senhores aià defensom
  de nom peytar com’outro peytador,
  como peyta qualquer talhador
  quanto lhy talhan, sem escusazom.
IV IV
  S teuan daguarda p(er) talauço(m)
  qual uos dizedes foy ia dema(n)dado
  efoy p(er)el seu feyto desputado
  assy q(ue) dura nadi sputaçom
  edotalho no(n) te(n) o melhor
  cadeu gra(n) peta mays poys seu senhor
  lha peyta q(ua)nta ual tal q(ui)tacom
 
  S teuan daguarda, per tal auçom
  qual vos dizedes, foy ia demandado
  e foy per el seu feyto desputado,
  assy que dura na disputaçom
  e do talho non ten o melhor,
  cadeu gran peta, mays poys seu senhor
  lha peyta, quanta val tal quitacom.
  ………………………
 
V V
 
  Ja dom foram por mal q(ue)mi q(ue)r diz
  que nego qua(n)tey por no(m) peycor nada
  ede com he mha faze(n)da postada
  uos dom esteua sodes em bem faz
  que nunca ffoy domha tajsa negado
  mays sabudo ecerto apregoado
  qua(n)tey na terra mouil erraiz    
 
  Ja dom foram por mal que mi quer, diz
  que nego quant’ey, por nom peycor nada,
  e de com he mha fazend’apostada
  vos, dom esteua, sodes em bem faz
  que nunca ffoy do mha tajsa negado,
  mays sabudo e, certo, apregoado,
  quantey  na terra, mouil e raiz.
VI VI
 
  Dom iosep ia eu certo fiz
  que douesse no(n) he cousa negado
  mays he ta(n) corto iapreado
  dome o uinho forte em alhariz
  e el q(ue)roa deus dese arreygado
  deuos aver assy aspeytado
  comegel he pelo mayor Juiz
 
  Dom iosep, ia eu certo fiz
  que do vesse non he cousa negado,
  mays he tan corto i apreado
  dome o vinho forte em alhariz
  e el queroa deus,  desearreygado
  de vos aver assy aspeytado
  com’ eg el he pelo mayor juiz.
  • letto 374 volte

Riproduzione fotografica

  • letto 448 volte
Credits | Contatti | © Sapienza Università di Roma - Piazzale Aldo Moro 5, 00185 Roma T (+39) 06 49911 CF 80209930587 PI 02133771002

Source URL: http://151.100.161.88/?q=laboratorio/v%C3%B3s-dom-josep-venho-eu-preguntar-0