Lirica Medievale Romanza
Published on Lirica Medievale Romanza (http://151.100.161.88)

Home > ALFONSO X > EDIZIONE > Don Gonçalo, poys queredes ir d'aqui pera Sevilha

Don Gonçalo, poys queredes ir d'aqui pera Sevilha

18,14
 
Ms.: B 466. 
 
Cantiga de meestria; dodici coblas singulars di tre versi. 
 
Schema metrico: a15' a15' a15' (1:1).
 
Edizioni: Paredes 11; CA II, pp. 380-381; Lopes 28; Lapa 35; Molteni 358; Machado 408; Carballo/García, Afonso X, pp. 66-67; Paredes Núñez, 35.

 

  • letto 799 volte

Edizioni

  • letto 687 volte

Paredes 2010

Don Gonçalo, pois queredes ir daqui pera Sevilha,
por veerdes voss' amigo, e nono tenh' a maravilha,
contar-vos-ei as jornadas legoa a legoa, milha a milha.
 
E ir podedes a Libira e torceredes ja quanto,
e depois ir a Alcalá sen pavor e sen espanto                                   5
que vós ajades d' i perder a garnacha nen no manto.
 
E ũa cousa sei eu de vós e tenho por mui gran brio,
e poren vo-lo juro muito a firmes e afio:
que sempre avedes a morrer en invern' ou en estio.
 
Eu porende vo-lo rogo e vo-lo dou en conselho                               10
que vós, entrante a Sevilha, vos catedes no espelho
e non dedes nemigalha por mente de Joan Coelho.
 
Por que vos todos amassen sempre vós muito punhastes,
bõõs talhos en Espanha metestes, pois i chegastes,
e quen se convosco filhou, sempre vós d' el gaanhastes.                15
 
Sen esto, fostes cousido sempre muit' e mesurado,
de todas cousas comprido e apost' e ben talhado,
e enos feitos ardido e muito aventurado.
 
E pois que vossa fazenda teedes ben alumeada
e queredes ben amiga fremosa e ben talhada,                                 20
non façades dela capa, ca non é cousa guisada.
 
E pois que sodes aposto e fremoso cavaleiro,
guardade vos de seerdes escatimoso ponteiro,
ca dizen que baralhastes con Don Joan Coelheiro.
 
Con aquesto que avedes mui mais ca outro compristes;                  25
u quer que mão metestes, guarecendo, en saistes;
a quen quer que cometestes, sempre mal o escarnistes.
 
E non me tenhades por mal, se en vossas armas tango:
que foi das duas espadas que andavan en ũu mango?,
ca vos oí eu dizer: - Con estas petei e frango.                                  30
 
E ar oí-vos eu dizer que a quen quer que chagassen
con esta vossa espada, que nunca se trabalhassen
jamais de o guareceren, se o ben non agulhassen.
 
E por esto vos chamamos nós "o das duas espadas",
por que sempre as tragedes agudas e amoadas,                             35
con que fendedes as penas, dando grandes espadadas. 

 

  • letto 387 volte

Tradizione manoscritta

  • letto 373 volte

CANZONIERE B

  • letto 345 volte

Riproduzione fotografica

  • letto 335 volte

Edizione diplomatica



  
  
  
  
  D
on go(n)calo poys queredes ir daqui
  p(er)a seuilha por ueredes uoss. amig
  E no(n)no tenh a marauilha
  Contaru(os) ei as iornadas legoa
  Legoa milh e milha
  


  
  Eir podedes alib(i)ra
  E torc(er)edes ia q(uan)to e depoys ir aal cala
  Se pauor e se(n) espa(n)to.
  Que vos aiades di p(er)der.
  A garnacha nenno ma(n)to
   
  


  
  
  
  E hu(n)a cousa sei eu deuos
  E tenho p(or) muj gram brio
  E poren uolo iuro muita fi(er)nas e affio
  q(ue) senpre auedes amorreg em jnu(er)no e(n) istio
 

  
  En poren uolo rogo
  E uolo dou en conselho
  Que uos entrate a seuilha
  
  
  
  u(os) catedes no espelho
  E non ded(e)s nemi galha
  p(or) mite de Johan coelho
   

  
  
  
  Por que u(os) todos amassem semp(re).
  Vos muito punhastes
  Bo(n)os talhas en espanha metestes
  Poys hi chegastes
  E q(uen) sse co(n)uosco filhou semp(re)
  u(os) del guanihastes
   

  
  
  
  Semesto fostes cousido
  Semp(re) mujt e mesurado
  De todas cousas co(m)prido
  E aposter ben talhado
  E nos feitos ardido
  E muito aue(n)turado
 
  
  

  
  
  
  
  E poys que uossa fazenda
  Teedes ben alumeada
  O queredes ben amiga
  Fremosa e ben talhada
  Non facades dela capa
  Ca non e cousa g(ui)sada
  
  

    
  
  
  
  E poys que sodes aposto
  E fremoso caualeiro
  Gardadeu(os) de seerdes
  E scatimoso ponteyro
  
  
  
  
  Ca dizen que baralhastes
  Con tohan colheiro
  

    
  Con aquesto que auedes
  Mui mais ca out(ro) comp(ri)stes
  Hu quer que ma(n)ao metes
  Tas guarece(n)do en saistes
  A q(uen) quer que cometestes
  Semp(re) mal oescarnistes
  
  

  
  E no(n)me tenhades p(or) mal se en uossas
  Armas tengo que foi das duas spadas
  Que andauia(n) en huu(n) mango
  Cau(os) oj eu diz(er) co(n)estas petei e frango
  
  

  Ear oi u(os) eu dizer q(ue) aq(uen) quer q(ue) chagassen
  Con esta uossa espada q(ue) nu(n)casse t(ra)balhassem
  Jamais deo g(ua)cerem seo ben no(n) agulhassem
  
  


  E p(or) esto chamamos nos o das duas espadas
  por que semp(re) as tragedes agudas
  E a moadas (con)q(ue) fendedes as penas
  Dando g(ra)ndes espadadas
  
  
  
  
  
  
  
  • letto 346 volte

Edizione diplomatico-interpretativa

  • letto 445 volte
Credits | Contatti | © Sapienza Università di Roma - Piazzale Aldo Moro 5, 00185 Roma T (+39) 06 49911 CF 80209930587 PI 02133771002

Source URL: http://151.100.161.88/?q=laboratorio/don-gon%C3%A7alo-poys-queredes-ir-daqui-pera-sevilha